E pensar que esses tomates que nós hoje compramos na feira – grandes e vermelhos – não passavam antigamente do tamanho de uma ervilha... Pois, os tomates vêm sendo domesticados há anos pelos nossos ancestrais de modo a conseguirem frutas maiores. O problema dessa técnica de cruzamento é que junto aos genes que carregam a característica de interesse, vêm outros genes não tão interessantes assim. No caso dos tomates, essa característica ruim é o excesso de ramificação que reduz a quantidade de frutos.
Pois pesquisadores dos Laboratórios de Cold Spring Harbor utilizaram a técnica de edição de DNA chamada de CRISPR para dissociar as duas características e produzirem tomates com poucos ramos e grandes quantidades de frutos.
Plantas transgênicas não são consideradas patenteáveis no Brasil, mas será que uma planta modificada pela técnica CRISPR será considerada transgênica (OGM)? Porque pode ser minimamente invasiva e não resultar na inserção de um gene inteiro. A tecnologia CRISPR ainda é muito recente e a resposta a essa pergunta só deve vir nos próximos ans. Dependendo da conclusão a que se chegar, o destino da agricultura pode ser muito distinto do que vemos hoje, com uma revolução sem precedentes. Já pensou na possibilidade de editarmos diretamente o DNA?
https://www.eurekalert.org/pub_releases/2017-05/cp-utg051117.php
Para o artigo original: Cell, Soyk and Lemmon et al.: "Bypassing Negative Epistasis on Yield in Tomato Imposed by a Domestication Gene" http://www.cell.com/cell/fulltext/S0092-8674(17)30486-5
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